Do 2.º ciclo, revivo as alegrias simples da pré-adolescência partilhadas mais proximamente com os amigos do 5.º6 e do 6.º6. Recordo os conhecimentos das línguas, das ciências naturais, da matemática, da história, das artes visuais e musical, da religião e moral. Revivo o afeto das pessoas (amigos, professores e funcionários) e os sons e cheiros do 2.º e 3.º pavilhões, que hoje assaltam o pensamento e completam as memórias desse tempo.
Do secundário, revivo as emoções associadas ao regresso à escola de Santana, associadas à mudança do século/milénio e à necessidade de me integrar no mundo onde pertencia naquela época. O futuro era decidido ali, num espaço temporal de 3 anos letivos.
Sem ideias claras acerca de um projecto de vida a sério mas, com (in)certezas assentes em conhecimentos, experiências vividas e nos conselhos mais ou menos sapientes, comecei a projetar a minha vida. Entre as lutas típicas da idade, reconheço a importância de alguns amigos, professores e funcionários, no meu desempenho académico, mas sobretudo, no desenvolvimento pessoal.
Em 2002, no 20.º aniversário da Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral, completei o 12.º ano e inscrevi-me no ensino superior na Universidade da Madeira. Os sonhos de juventude, nascidos naqueles 3 anos na Escola de Santana, começavam a se corporizar, mesmo que em moldes mais ou menos diferentes dos sonhados.
Em 2006, concluí a licenciatura em Enfermagem e, nesse mesmo ano, por força da necessidade de auto-realização, ingressei como voluntário na delegação do Funchal da Cruz Vermelha Portuguesa. Durante 4 anos, desempenhei funções de enfermeiro voluntário em emergência pré-hospitalar com o emblema dessa instituição.
Em 2010, integrei a ALVD (Associação de Leigos Voluntários Dehonianos), onde frequentei uma formação com a duração de 1 ano, para poder fazer uma experiência de missão de desenvolvimento humanitário de curta duração. Completei essa experiência, em 2011, no distante Moçambique. Distante geograficamente, culturalmente, socialmente e humanamente falando.
Ser voluntário no exterior, ou mesmo aqui, na região, na nossa localidade, como responsável do grupo de jovens, na paróquia de São Roque do Faial, ou como catequista, nesta mesma paróquia, ou como elemento da Tunacedros da Casa do Povo de São Roque do Faial, é um modo de vida. Não sendo uma escolha simples, resulta não só do esforço e do ensejo pessoal mas, sobretudo, das oportunidades, dos conselhos e dos testemunhos verdadeiros e reais, daqueles que se cruzaram comigo também no espaço escolar.
Aos que entraram comigo nos autocarros, subiram comigo as escadas, percorreram ao meu lado os corredores e, com as suas palavras e testemunhos, foram os meus modelos e inspiração, o meu sincero obrigado.
Parabéns à Escola B+S Bispo D. Manuel Ferreira Cabral!