
Foi no longínquo ano de 1990 que iniciei o meu percurso na então Escola Preparatória Bispo D. Manuel Ferreira Cabral. Era uma escola enorme aos olhos de uma criança com 9 anos, acabada de sair de um primeiro ciclo todo ele frequentado numa escola cujo edifício era um humilde pré-fabricado, com uma única sala, à mercê das intempéries que não raramente danificavam a frágil estrutura.
A chegada ao “Liceu” (era assim que nos referíamos à Escola) tinha, por isso, tanto de bom como de assustador. De repente tinha 10 disciplinas, outros tantos professores, um espaço com três pavilhões e um gimnodesportivo novinho em folha, jardins, uma biblioteca, uma cantina gigante onde se almoçava e lanchava e um bar onde se comiam bolas de Berlim com creme branco que custavam 30 escudos! E ainda havia o toque de entrada, aquela sirene estridente que nos fazia correr escada acima como se não houvesse amanhã.