Visita de estudo – Estabelecimento Prisional do Funchal
A viagem fez-se, uma vez mais, para além dos muros da escola. Para um outro lugar. O Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF). Foi este o local da visita de estudo efetuada pelos alunos do Curso Técnico de Desporto (CTD), acompanhados pelos professores, Carla Mata e David Fazendeiro, no passado dia 2 de maio. Ali chegados, cumpriu-se todos os trâmites de segurança que este tipo de instituição exige. À nossa espera, estava o Doutor Armando Coutinho Pereira, substituto do Diretor do EPF, que gentilmente nos acompanhou no percurso intra-muros, pelos corredores, e espaços limitativos da liberdade. Mas, humanizados, diga-se. Visitou-se bibliotecas, refeitórios, zonas de lazer, de educação e de culto religioso. Locais onde o tempo é aprisionado por rotinas, necessárias ao estabelecimento de uma ordem e de uma confiança. Rotinas, ainda assim, que não devem infiltrar-se na vida dos reclusos retirando-lhes a esperança, a sensibilidade, a interioridade, o nome. O desafio é, então, resgatá-los, transformá-los. Neste sentido, e tendo em vista a reinserção social da população reclusa, é feita a aposta na reeducação pelo trabalho, pela educação, enfim, pela abertura à comunidade através da celebração de protocolos com o Ministério da Educação, do Emprego e Segurança Social, da Saúde e ainda, com várias entidades públicas e privadas.
A escola também vai à prisão. Nós fomos. Enquanto território privilegiado de construção do conhecimento, de instigação da curiosidade, da reflexão crítica, na escola, também, deverão coabitar a solidariedade, a tolerância, a amizade, a alegria, a esperança, a nossa humanidade. Que se cumpra o primado de sermos alunos, professores, pais, sociedade no geral, melhores. Porque, efetivamente, os erros não nos definem.
A professora, Carla Mata