
Palestra sobre as casas de colmo
O curso profissional de Desenho de Mobiliário e Construções em Madeira (CDMCM) faz parte integrante do projeto cultural "Casas de Colmo: a imagem e o futuro".
Este projeto, da responsabilidade de duas alunas (Carla Fernandes e Regina Ribeiro), em pós graduação em património cultural e tradicional português, solicitou à escola o envolvimento de um curso na concretização de uma das visões do projecto: envolver os alunos de Santana na valorização de um património que é nosso.
Nos finais de 2020, decorreu uma reunião presencial na escola, tendo estado presente as alunas da pós graduação, o professor Rogério Rodrigues (em representação do CE) e o professor Francisco Vasconcelos (coordenador das OMF e DC do curso CDMCM).
Nesta reunião, foram apresentados os objetivos pretendidos e, de forma motivadora, solicitaram a cooperação do curso no desenvolvimento do projeto em que se pretendia que os alunos tivessem contacto com a realidade da construção das casas Típicas de Santana, desde a semeia do trigo até à colmatação das casas.
Assim, delineou-se uma série de atividades de forma a que os alunos tivessem a oportunidade de experienciar e, quem sabe, dar continuidade a uma tradição secular tão nossa.
O DC passou à fase de contactos com vários professores onde quando as suas participações dentro das suas áreas de formação académica.
A primeira atividade foi uma palestra na qual se pretendia fazer uma resenha histórica do que foram as vicissitudes dos nossos antepassados na construção e vivência neste tipo de construção.
Deste modo, o professor Martinho Freitas abordou a parte histórica da construção das casas palhaças (de palha), comuns em toda a ilha e, atualmente, restritas a Santana.
Para melhor explicar o que era viver numa casa de palha, trouxe a sua mãe, a Dona Augusta Mendonça, que, de forma única, inteligente, catedrática (sem sombra de dúvida), explicou o que foram os tempos de dificuldades mas de entrega familiar e companheirismo.
Um dia memorável, sem dúvida.
"A vida é feita de momentos e há momentos que ficam para a eternidade"
Francisco Vasconcelos